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Mostrando postagens de novembro, 2014

Atendimento médico (clínico, não burocrático) no MS

Há alguns dias estou com algum processo virótico, que devo ter pego de meus filhotes e eles na escola. Bichinho duro na queda. Por volta das 14:30 comecei a ter febre, a sentir frio e a tremer. Como bom menino, fiquei quieto, aguardando a reacao natural do meu corpo... a sensacao de frio estabilizou, mas os tremores ficaram mais intensos. Entao, pensei cá com meus botoes: estou no prédio do coordenador federal do braco estatal na saúde brasileira, o SUS. Então, como aqui é a meca dos "especialistas", "mestres", "doutores", "planejadores".. e demais qualificadores, deveria haver um médico disponível para atender os servidores do MS. Levantei-me de minha cadeira, no terceiro andar do edificio sede. E dirigi-me lentamente até o terreo do Anexo, onde encontra-se o Centro de Atendimento ao Servidor (CAS). Atravessei o tunel como um robo, para nao chamar a atencao sobre meus tremores. Desco as escadas, algumas me olham esqui...

O CUSTO DE BRASILIA

Os tempos atuais fazem-me fazer uma pergunta singela:  quanto custou a construção de Brasília ? Desta pergunta, derivam-se diversas outras: quem ganhou ? quem perdeu ? o que foi perdido ou ganho ? quais efeitos desta redistribuição da renda nacional em termos políticos ? Antes era assim e em boa parte fora da "ilha" ainda é assim Começou a ficar deste jeito com contratos de obras do Estado com a iniciativa privada. E tornou-se isto: Se a construção de um prédio ou uma refinaria envolve tantos aspectos, quanto mais a de uma cidade que assumiria a função de capital de um país gigantesco ? ----- Como diria Faoro: "Tire-se do capitalismo brasileiro o Estado e pouco sobrará: não sobrará sequer a empresa multinacional, tão protegida como a  diretamente estatal e a indiretamente favorecida." ------ No bojo da conjuntura quando/se houver reforma política substantiva, é mais do que hora de rever uma série de privilégios dados ao Estado...

Paulo Francis foi para o céu ?

Certa vez declarei minha saudade de Paulo Francis e de Roberto Campos. Gostaria, agora, de voltar a tornar pública uma lembrança de Paulo Francis. Uma das coisas que fizeram Paulo Francis morrer foi uma ação movida pelo Estado brasileiro, mais precisamente pela Petrobrás, sobre uma afirmação que Francis havia feito durante uma das edições do programa Manhattan Conections. Neste programa Francis afirmara coisas sobre a apropriação indevida de recursos da empresa durante o governo FHC. Os dirigentes da Petrobrás não gostaram, processaram Francis. Ganharam. Francis ficou deprimido e morreu. O atual caso envolvendo a Petrobrás reforça a convicçãode que nossa cultura política, produzida ao longo destes quase 600 anos, funda-se no clientelismo e no que Faoro chamou de "capitalismo politicamente orientado". Talvez Francis tivesse razão, talvez. Infelizmente, à época, a imprensa política brasileira não seguiu a orientação dos norte-americanos no caso Watergate: ...