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Plano Piloto, Ônibus, GPS, Computadores e Software livre

O atual governo do DF e sua perene burocracia resolveram alterar algumas coisas no transporte público do polígono federal.

Em relação ao ônibus que utilizo com mais frequência, o Zebrinha, a mudança foi para pior, como já apontei anteriormente.

Toda a frota que atende à população que utiliza ônibus no Distrito Federal, com exceção da "pirata", será substituída por novos carros.

Se o plano dos planejadores do GDF for contemporâneo, os novos veículos virão com GPS. Em vindo com GPS e o GDF pagando pelo serviço tecnológico de geolocalização, será possível realizar uma marcante mudança na relação da população com os prestadores de serviço público de transporte e com o GDF.

Se os ônibus novos vêm com GPS; se o serviço de geolocalização dos GPS for contratado e pago pelo GDF; se os dados da variação de localização ao longo do tempo de cada ônibus forem adequadamente armazenados; se estes dados puderem ser relacionados com os mapas das rotas feitas pelas linhas que passam em cada ponto de ônibus do DF; se o GDF tiver (ou puder contratar) 7 ou 8 profissionais com experiência em geoprocessamento e em software livre; então é possível que as pessoas saibam, em tempo real, em cada parada de ônibus do DF, onde está o ônibus esperado e o horário em que ele chegará no ponto, com razoável precisão.

É possível fazer um piloto deste plano, no Plano Piloto: as paradas de ônibus poderiam conter um grande painel de LED ou LCD, que mostrasse o conjunto de linhas e trajetos dos ônibus que ali transitam. Uma tela sensível ao toque, com um browser e demais softwares necessários para tal.

Estes painéis acessariam automática e permanentemente um servidor (computador) que contivesse os dados necessários para apresentação de um mapa dos trajetos, com os deslocamentos dos veículos que atendem a parada, em tempo real.

Qual o maior custo financeiro de um projeto desse tipo ?  As grandes telas digitais a serem colocadas nas paradas, o serviço de geolocalização dos ônibus via GPS, as 7 ou 8 pessoas com os conhecimentos necessários para fazer os softwares funcionarem de forma adequada e manutenção desse sistema.

E o software ?  Não é necessário milhões e milhões por softwares especializados, afinal, não estamos falando de geoprocessamento ? Não, não necessário.

Se se combinar a utilização de Linux, PostgreSQL, PostGIS, Mapserver, OpenLayers e algumas outras ferramentas livres, materializar um projeto como este não é nenhum bicho de sete cabeças. Com alguns pequenos ajustes, inclusive, é possível utilizar o software livre I3GEO para disponibilizar este serviço para a população.

Então, o que falta ?! Falta um projeto e a vontade política necessária para darmos este passo. 

O rascunho de projeto está aqui apresentado. Falta que algum empreendedor, convença os gestores do GDF.




Comentários

  1. Daniel, excelente post! E tudo isto q vc sugere é barato e facil de implementar. No Rio já existe quase tudo isto! E tudo com tecnologias livres e baratas.
    abs

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