Creio que estejamos vivendo um momento similar ao que vivemos na II GM, quando os alemaes criaram os misseis V2...
Google não comprou apenas a Boston Mechanics, mas, sim, tem feito compras sistematicas de empresas que lidam com robotica sob diversos aspectos: do equilibrio, a expressao facial, a similaridade humana, a identificacao de emocoes, etc...
Google está juntando todos estes pedacos, aos poucos...
O aspecto do afastamento do comando de matar e do resultado é algo que nossa especie persegue ha muitissimo tempo, a comecar pelas simples pedras e catapultas.
Do ponto-de-vista da morte dolorosa, sofrida, das mutilacoes, etc... o combate corpo-a-corpo é pior... E, detalhe, tambem nao era feito por quem mandava. A divisao entre trabalho intelectual e manual da-se nos combates tambem (e principalmente, talvez).
A questao é economica e politica, é claro: quem tem acesso a este tipo de tecnologia de combate/controle ? Para que ? Quem sofre ? Etc...
O que me chama a atencao neste caso é que a empresa que hoje está investindo nessa fronteira é uma organizacao que controla boa parte das informacoes digitais e seus fluxos no mundo todo. Antes, quem lidava com tecnologia de matanca eram especialistas nisso, outros cuidavam da inteligencia (informacao).
O que Google está fazendo é juntar inteligencia e tecnologia de matanca num lugar só, ou seja, uma só organizacao consegue identificar alvos (ou nao alvos) e ter a tecnologia para elimina-los (ou pressiona-los, como minimo).
No dia em que nossos softwares de I.A. forem bons o suficiente para tomarem decisoes autonomas mais complexas do que atualmente o fazem, maquinas decidirao, mesmo que operacionalmente, o que significa, neste caso, quem vive e quem morre. Esse é o elo que ainda não existe, mas deve estar sendo forjado em algum lugar, por algum bando de pessoas geniais que acham que tecnica é algo neutro.
Existe possibilidade de se organizar um contra sistema, a inteligência cooperativa é uma alternativa a ser construída, pode ser uma articulação tipo Wikileaks e Linux, usando os dados abertos e mobilizando a sociedade com letramento informacional e universalidade de acesso ao 4G.
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