Há algum tempo um jovem chamado Renato Russo escreveu e cantou tal oração: Disciplina é liberdade.
A disciplina permite que se façam coisas inviáveis em um ambiente sem disciplina.
Outro modo de pensar: organizar para desorganizar; desorganizar para organizar. Chico Science.
Disciplina e organização são tão importantes que até alguém como o disciplinado Clint Eastwood certa vez declarou que se ele mesmo fosse disciplinado, teria sido músico: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-68/o-que-aprendi/se-eu-fosse-mais-disciplinado-poderia-ter-sido-musico
Entre outras coisas, nesta semana, vi que uma das maiores organizações do Protestantismo brasileiro criou uma organização interna denominada "Gladiadores do Altar". Disciplina, uniformes militares, regras, objetivo e linhas de comando relativamente claro: https://www.youtube.com/watch?v=1uDQbLjXdSE
Parece que está-se criando uma organização de auto-defesa, com base na discplina e na evangelização (objetivos e comandos relativamente claros).
Capoeira nasceu desta forma: da necessidade de auto-defesa. As organizações sindicais e políticas ligadas aos setores mais pobres da população, em geral trabalhadores assalariados de baixa e média renda, no final do século XIX e no início do século XX, também tinham suas organizações de auto-defesa: comunistas, socialistas e anarquistas.
O fascismo e o nazismo também tinham suas organizações de auto-defesa, além das organizações de ataque e de inteligência.
Num momento onde dar uma palmada reprendedora num filho é crime (o que é diferente de espancamento sádico). Onde crianças e adolescentes submetem professores pelo medo. Onde tudo é Estado-dependente e as pessoas desaprenderam a organizarem-se para defender seus interesses (afinal, o pai-Estado cuidará de tudo para o bem de todos), essa iniciativa dos "Gladiadores do Altar" pode ser um indicador de mudança de humor em parcelas da população em relação a este contexto geral.
Se este grupo com trajes militares e discursos religiosos divergentes do Catolicismo praticado por parte significativa das elites econômicas e boa parte da classe média brasileira tornar-se-á um grupo pára-militar, ninguém sabe.
Dadas as tradições brasileiras, a nossa cultura e "formas de fazer as coisas", penso que este fenômeno é diferente, por exemplo, daquele chamado "Exército de resistência do senhor", grupo cristão que atua de forma similiar ao Boko Haram.
No entanto, todos temos direito a nos organizarmos disciplinadamente para defender nossos interesses, usando quaisquer trajes, tendo objetivos e linhas de comando diferentes. Se há torcidas organizadas, escolas de samba ...
A disciplina permite que se façam coisas inviáveis em um ambiente sem disciplina.
Outro modo de pensar: organizar para desorganizar; desorganizar para organizar. Chico Science.
Disciplina e organização são tão importantes que até alguém como o disciplinado Clint Eastwood certa vez declarou que se ele mesmo fosse disciplinado, teria sido músico: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-68/o-que-aprendi/se-eu-fosse-mais-disciplinado-poderia-ter-sido-musico
Entre outras coisas, nesta semana, vi que uma das maiores organizações do Protestantismo brasileiro criou uma organização interna denominada "Gladiadores do Altar". Disciplina, uniformes militares, regras, objetivo e linhas de comando relativamente claro: https://www.youtube.com/watch?v=1uDQbLjXdSE
Parece que está-se criando uma organização de auto-defesa, com base na discplina e na evangelização (objetivos e comandos relativamente claros).
Capoeira nasceu desta forma: da necessidade de auto-defesa. As organizações sindicais e políticas ligadas aos setores mais pobres da população, em geral trabalhadores assalariados de baixa e média renda, no final do século XIX e no início do século XX, também tinham suas organizações de auto-defesa: comunistas, socialistas e anarquistas.
O fascismo e o nazismo também tinham suas organizações de auto-defesa, além das organizações de ataque e de inteligência.
Num momento onde dar uma palmada reprendedora num filho é crime (o que é diferente de espancamento sádico). Onde crianças e adolescentes submetem professores pelo medo. Onde tudo é Estado-dependente e as pessoas desaprenderam a organizarem-se para defender seus interesses (afinal, o pai-Estado cuidará de tudo para o bem de todos), essa iniciativa dos "Gladiadores do Altar" pode ser um indicador de mudança de humor em parcelas da população em relação a este contexto geral.
Se este grupo com trajes militares e discursos religiosos divergentes do Catolicismo praticado por parte significativa das elites econômicas e boa parte da classe média brasileira tornar-se-á um grupo pára-militar, ninguém sabe.
Dadas as tradições brasileiras, a nossa cultura e "formas de fazer as coisas", penso que este fenômeno é diferente, por exemplo, daquele chamado "Exército de resistência do senhor", grupo cristão que atua de forma similiar ao Boko Haram.
Vítima de ação do Exército de resistência do senhor, em Uganda.
No entanto, todos temos direito a nos organizarmos disciplinadamente para defender nossos interesses, usando quaisquer trajes, tendo objetivos e linhas de comando diferentes. Se há torcidas organizadas, escolas de samba ...
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