Quando surgiu, ou quando eu tomei conhecimento da moeda privada Bit
Coin, isto me pareceu tão estranho, mas tão estranho. Desconfortável, na
verdade.
Creio que, fundamentalmente, a estranheza é derivada da seguinte indagação: se nem Estados com seus bancos centrais conseguem garantir 100% o valor e a disponibilidade de moeda, quem dirá indivíduos.
O incômodo foi tamanho que simplesmente abstraí a existência de um sem-número de moedas que não a Estatal que já existem, quer tenham este nome, quer sejam travestidas de "promoções" ou grupos de consumo.
Então, como o mundo é um moinho, esta questão voltou a mim em função dos estudos no doutorado. Este não é o tema de meu doutoramento, mas o tangencia marginalmente por várias e várias razões.
Livros, artigos e teses para cá e para lá e eis que aparece em minha frente um livro com um título provocador e, atualmente, bastante fora de moda: A DESESTATIZAÇÃO DO DINHEIRO. Percebam que a idéia subjacente não é privatização do dinheiro, mas a quebra de um monopólio estatal.
Ainda não li este livro, pois foge muito do meu foco, no entanto, está na minha lista de leituras cuidadosas após a conclusão do doutoramento. Eis um pequeno trecho dele:
Creio que, fundamentalmente, a estranheza é derivada da seguinte indagação: se nem Estados com seus bancos centrais conseguem garantir 100% o valor e a disponibilidade de moeda, quem dirá indivíduos.
O incômodo foi tamanho que simplesmente abstraí a existência de um sem-número de moedas que não a Estatal que já existem, quer tenham este nome, quer sejam travestidas de "promoções" ou grupos de consumo.
Então, como o mundo é um moinho, esta questão voltou a mim em função dos estudos no doutorado. Este não é o tema de meu doutoramento, mas o tangencia marginalmente por várias e várias razões.
Livros, artigos e teses para cá e para lá e eis que aparece em minha frente um livro com um título provocador e, atualmente, bastante fora de moda: A DESESTATIZAÇÃO DO DINHEIRO. Percebam que a idéia subjacente não é privatização do dinheiro, mas a quebra de um monopólio estatal.
Ainda não li este livro, pois foge muito do meu foco, no entanto, está na minha lista de leituras cuidadosas após a conclusão do doutoramento. Eis um pequeno trecho dele:
"Quando se estuda a história do dinheiro, não se pode deixar
de indagar por que as pessoas suportam, há mais de 2000 anos, que o governo exerça
um poder exclusivo que tem sido regularmente usado para explorá-las e
defraudá-las. Essa atitude só pode ser explicada através de um enraizamento tão
profundo do mito (da necessidade da prerrogativa governamental), que não
ocorreu nem mesmo aos pesquisadores profissionais desses assuntos (dentre eles,
por muito tempo, o autor do presente)12 questioná-la. Mas, uma vez que se
duvide da validade de uma doutrina estabelecida, constata-se rapidamente que sua
base é frágil.
"É impossível traçar os detalhes das execráveis atividades
dos governantes em relação ao monopólio do dinheiro em épocas anteriores à do
filósofo grego Diógenes, a quem se atribui a afirmação, já no século IV A.C.,
de que o dinheiro era o jogo de dados dos políticos. Mas, da era romana até o
século XVII, quando o papel-moeda, sob várias formas, começa a assumir importância,
a história da cunhagem é quase que sinônima de uma série ininterrupta de degradações
da moeda, ou seja, a contínua redução de seu teor metálico e um correspondente aumento
nos preços de todos os bens."
DESESTATIZAÇÃO DO DINHEIRO. Uma análise da teoria e prática das
moedas simultâneas. F.A. HAYEK; p 39.
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