Fico imaginando o que ocorreria se a Vale ainda fosse estatal e a barragem em Minas Gerais tivesse rompido, mesmo sendo esta de responsabilidade de outra empresa, a Samarco.
Qual seria o cenário hoje ?
A oposição faria um escândalo e usaria o acidente como um exemplo de ineficiência, de desgoverno, de desconsideração com as pessoas, entre tantos outros argumentos. Seria mais gasolina na fogueira da atual crise política e econômica. Não pode fazê-lo pois trata-se de um empreendimento privado autorizado pelas diversas facetas do Príncipe-controle.
Por parte da situação, seria instalada uma comissão, que montaria alguns grupos de trabalho para identificar quem falhou num mundo inteiro de co-responsáveis: do responsável técnico pelo projeto de engenharia, até o órgão ambiental que licencia e monitora, passando por um sem número de departamentos, diretorias, etc. Isso nos três níveis de nossa sui generis federação.
Responsabilidade diluída, pulverizada, abririam-se os processos administrativos e judiciais para a culpabilização de alguém, afinal, o Príncipe tem que culpar alguém. No entanto, é um aspecto do Príncipe atacando outro aspecto dele mesmo, cada um com suas vantagens jurídicas e políticas, pois o Príncipe não é uma empresa ou uma pessoa comum.
Dadas as dimensões do acidente, obviamente que seriam pagas indenizações às pessoas. De que forma ? Mais comissões e grupos de trabalho seriam criados para se descobrir uma forma adequada.
Após todas estas reuniões, meses e meses de discussões, teríamos uma decisão. Decisão esta que, obviamente, supõem uma minimização das perdas do Príncipe, ainda ainda mais que ele, coitado, gasta mais do que tira de seus súditos.
Teríamos, então, um quadro onde parte dos tributos/impostos (não há contribuintes, apenas pessoas que cedem parte de sua renda mediante coerção explícita) seria utilizada para mover a maquinaria do Príncipe para achar culpados e determinar formas de indenização, além de, obviamente, ter que pagar as próprias indenizações. Os cofres do Príncipe ficariam mais vazios.
Infelizmente, o sistema regulatório brasileiro em relação à mineração, tarefa intrínseca do Príncipe, sequer obriga as mineradoras a terem seguro ambiental.
E ainda há estatistas que, indiretamente, dizem que se a Vale fosse estatal, o acidente não teria acontecido. Incrível !
Espero que o acidente sirva de aprendizado para, antes de mais nada, a sociedade de conjunto e, de forma derivada, para os que assessoram o Príncipe em suas ações e inações.
Ainda bem que a Vale, a BHP e a Samarco têm dono.
Qual seria o cenário hoje ?
A oposição faria um escândalo e usaria o acidente como um exemplo de ineficiência, de desgoverno, de desconsideração com as pessoas, entre tantos outros argumentos. Seria mais gasolina na fogueira da atual crise política e econômica. Não pode fazê-lo pois trata-se de um empreendimento privado autorizado pelas diversas facetas do Príncipe-controle.
Por parte da situação, seria instalada uma comissão, que montaria alguns grupos de trabalho para identificar quem falhou num mundo inteiro de co-responsáveis: do responsável técnico pelo projeto de engenharia, até o órgão ambiental que licencia e monitora, passando por um sem número de departamentos, diretorias, etc. Isso nos três níveis de nossa sui generis federação.
Responsabilidade diluída, pulverizada, abririam-se os processos administrativos e judiciais para a culpabilização de alguém, afinal, o Príncipe tem que culpar alguém. No entanto, é um aspecto do Príncipe atacando outro aspecto dele mesmo, cada um com suas vantagens jurídicas e políticas, pois o Príncipe não é uma empresa ou uma pessoa comum.
Dadas as dimensões do acidente, obviamente que seriam pagas indenizações às pessoas. De que forma ? Mais comissões e grupos de trabalho seriam criados para se descobrir uma forma adequada.
Após todas estas reuniões, meses e meses de discussões, teríamos uma decisão. Decisão esta que, obviamente, supõem uma minimização das perdas do Príncipe, ainda ainda mais que ele, coitado, gasta mais do que tira de seus súditos.
Teríamos, então, um quadro onde parte dos tributos/impostos (não há contribuintes, apenas pessoas que cedem parte de sua renda mediante coerção explícita) seria utilizada para mover a maquinaria do Príncipe para achar culpados e determinar formas de indenização, além de, obviamente, ter que pagar as próprias indenizações. Os cofres do Príncipe ficariam mais vazios.
Infelizmente, o sistema regulatório brasileiro em relação à mineração, tarefa intrínseca do Príncipe, sequer obriga as mineradoras a terem seguro ambiental.
E ainda há estatistas que, indiretamente, dizem que se a Vale fosse estatal, o acidente não teria acontecido. Incrível !
Espero que o acidente sirva de aprendizado para, antes de mais nada, a sociedade de conjunto e, de forma derivada, para os que assessoram o Príncipe em suas ações e inações.
Ainda bem que a Vale, a BHP e a Samarco têm dono.
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