O Plano Piloto configura-se como uma ilha de fantasias rodeada de realidade por todos os lados. Isso já é um jargão muito desgastado. No entanto, parece que é sempre válido.
Vi que o governo do DF anunciou que por aqui a pobreza e a extrema pobreza foram superadas: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Mesmo-com-investimentos-na-Copa-DF-anuncia-superacao-da-pobreza-/4/31300
Anúncio esquisitíssimo esse. Imagino que não deva ter sido feito na Estrutural, Itapoã, Itapoanga, Sol Nascente, Setor O, entre outros. Quem não conhece estes lugares, pesquise.
Esse paradoxo deveria propiciar um desconforto ético e conceitual: nestes marcos, o que, afinal, é pobreza ?
Dadas nossas tradições, nossos "modos de fazer as coisas", há uma lei e um decreto que apresentam o que é um pobre para o Estado. Obviamente que esta não é a única definição possível, nem mais adequada, mas é a que permite operacionalizar políticas públicas que usam "pobreza", como parâmetro.
Estranho pensar que uma família de 5 pessoas, com renda individual mensal média de R$ 140,01, vivendo em territórios onde bens e serviços fundamentais (de fundamento, infraestrutural) inexistem, ou são de difícil acesso, ou de qualidade duvidosa, não é pobre.
Anúncio esquisito, não ?!
Vi que o governo do DF anunciou que por aqui a pobreza e a extrema pobreza foram superadas: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Mesmo-com-investimentos-na-Copa-DF-anuncia-superacao-da-pobreza-/4/31300
Anúncio esquisitíssimo esse. Imagino que não deva ter sido feito na Estrutural, Itapoã, Itapoanga, Sol Nascente, Setor O, entre outros. Quem não conhece estes lugares, pesquise.
Esse paradoxo deveria propiciar um desconforto ético e conceitual: nestes marcos, o que, afinal, é pobreza ?
Dadas nossas tradições, nossos "modos de fazer as coisas", há uma lei e um decreto que apresentam o que é um pobre para o Estado. Obviamente que esta não é a única definição possível, nem mais adequada, mas é a que permite operacionalizar políticas públicas que usam "pobreza", como parâmetro.
Estranho pensar que uma família de 5 pessoas, com renda individual mensal média de R$ 140,01, vivendo em territórios onde bens e serviços fundamentais (de fundamento, infraestrutural) inexistem, ou são de difícil acesso, ou de qualidade duvidosa, não é pobre.
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